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quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Dejad Tirol


Fiéis dançam ao som de funk gospel e “passinho do abençoado” em cultos

preocupadas com a evasão de jovens ou mesmo com o objetivo de “modernizar” os cultos, algumas igrejas estão introduzindo alguns ritmos como o forró gospel, funk gospel ou mesmo o arrocha gospel.
“Não é pecado dançar na igreja”, diz o compositor Tonzão,  ex-membro do grupo de funk Hawaianos, que se converteu na Igreja Assembleia de Deus dos Últimos Dias e criador do “passinho do abençoado”. A letra da música diz: “Se no mundo eu cantava e dançava – foi assim que tu me conheceu – agora a mesma coisa eu vou fazer pra Deus. O mistério é profundo, acho bom ficar ligado – No passinho do abençoado”. Os fieis dançam ao som da música com passos típicos do funk, fazendo a igreja se agitar ao som da percussão marcada.
De acordo com artigo de Johnny Bernardo, publicado em seu site, o mesmo fenômeno acontece em igrejas de Minas, que por sua vez adotam o ritmo do forró. “É algo comum em Minas Gerais”, revela um pastor da cidade de Betim, que não quis se identificar.
Segundo o líder religioso, enquanto os obreiros cantam o forró gospel, crentes pentecostais e tradicionais, entre eles os batistas,  dançam animadamente nas reuniões religiosas. Em um dos cultos da Igreja batista Shamá, a banda Forró Átrios levou os crentes ao delírio quando entoou a musica “Sabor de Mel”.
Também a igreja Casa de Oração Para Todas as Nações, de Mutum (MG) realizou em setembro de 2011 um congresso onde foram tocados vários ritmos da música brasileira, animando e sacudindo os fiéis presentes.
Uma das fortes influências apontadas para o surgimentos de ritmos populares nos cultos é o modelo implantado pelos pastores Bruce L. Bugbee, fundador da Network Ministres International, e Bill Hybels – da Willow Creek Community Church, com sede em Chicago. Esses líderes notaram a diminuição do número de jovens em suas igrejas e decidiram trazer para os púlpitos ritmos conhecidos da juventude norte-americana, como o rock’n’roll. Em pouco tempo a Willow Creek alcançou a marca de 15.000 membros e já é considerada a segunda maior igreja evangélica dos EUA, sendo comumente citada como exemplo de crescimento.
Mas a estratégia para entreter a atrair fieis por meio de ritmos populares não é unanimidade entre os pastores. A substituição da liturgia tradicional levou muitos a classificarem as modernas músicas e ritmos apresentados nas igrejas como “show gospel”. Nos EUA, a Willow Creek Community Church é conhecida como “igreja do entretenimento”. E no Brasil, o Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil proibiu em janeiro de 2011, o uso da dança nas reuniões litúrgicas.
Outras denominações agiram restringindo a dança em seus cultos como forma de preservação da doutrina e da liturgia religiosa. Um dos problemas apontados por observadores e estudiosos é a associação da dança à sensualidade.
Segundo Milena dos Santos, 21, frequentadora da Igreja Batista do Rio Sena, entrevistada pelo grupo de estudo Impressão Digital 126, da Universidade Federal da Bahia (UFBA) “é difícil, sim, aliar as letras gospel com determinados ritmos porque o fiel pode se empolgar e fazer o passo, mas que não é impossível”. Para ela, isso “depende de cada um”.
Já o vocalista da banda de pagode gospel Expressão do Louvor, Ju, acredita que é possível dançar todos os ritmos sem lançar mão da sensualidade, tendo a consciência de que Deus está observando. “Todos podem dançar como quiserem, mas, sabendo que vamos ter que prestar contas a Deus de tudo o que fizermos, então, para mim é só dançar com a consciência de que Deus está vendo tudo e que não é agradável dançar com passos que valorizem a sensualidade”.
A questão divide opiniões e promete levantar polêmica entre líderes, denominações e crentes frequentadores das igrejas. E você, o que acha dos ritmos modernos e da dança nas igrejas? Deixe sua opinião!

Entidade lança campanha de 48 horas de oração pela liberdade de religião

Entidade lança campanha de 48 horas de oração pela liberdade de religião
O Centro Americano de Lei e Justiça (ACLJ, na sigla em inglês) está incentivando os cristãos a se engajarem em uma campanha de oração nos dias 22 e 23 de setembro em favor da libertação do pastor Youcef Nadhakani e outros cristãos presos no Irã por causa da fé cristã.
A campanha, intitulada “48 Horas pela Liberdade de Religião” envolve             a execução de atividades na igreja, como compartilhamento da história do pastor Youcef e de outros presos por motivos religiosos, orações, escrever cartas de encorajamento ao líder religioso preso no Irã, vigílias, protestos pacíficos, entre outras atividades.
O ACLJ chama “todas as pessoas de boa vontade interessados em defender a liberdade de expressão e de consciência” para participar da campanha. O objetivo é aumentar a consciência internacional sobre a discriminação e perseguição religiosa.
Segundo a publicação Charisma News,a situação de Nadharkani é comum em muitos países. A estimativa é que 159,9 mil cristãos são martirizados a cada ano por causa de sua fé.
Segundo Tiffany Barrans, diretora jurídica internacional da ACLJ e coordenadora da campanha, “devemos nos posicionar contra a discriminação e a perseguição onde quer que ocorram”. Segundo ela, este pode ser o primeiro passo para a liberdade de religião e de consciência e contra a perseguição religiosa em todo o mundo.
A campanha inclui vídeos informativos, folhetos de oração, atividades sugeridas e outros recursos.

Entenda o caso

Nascido em família muçulmana, Youcef Nadarkhani converteu-se ao cristianismo aos 19 anos. Cerca de três anos depois passou a praticar evangelismo na cidade de Rasht, noroeste de Teerã, onde chegou a liderar um grupo de cerca de 400 cristãos no Irã.
Inicialmente foi condenado à forca sob a sentença de apostasia. Mas após pressão internacional sobre o sistema judicial iraniano o veredicto foi adiado, e o caso foi transferido para o aiatolá Ali Khamenei, autoridade suprema da nação, para revisão. Seu tempo de prisão soma mais de 1000 dias.
A ACLJ acredita que a execução pode ocorrer a qualquer momento, e incentiva as Ações em favor da libertação do líder religioso.

Debate sobre Novo Código Penal gera polêmica e deve envolver toda sociedade

Debate sobre Novo Código Penal gera polêmica e deve envolver toda sociedade

A sociedade vem acompanhando o debate em torno do novo Código Penal Brasileiro, previsto no Projeto de Lei do Senado (PLS) 236/2012. Entre os temas que causam controvérsia, estão a ampliação da permissão para aborto legal, a regulamentação da eutanásia, a criminalização da homofobia e a proteção penal do usuário de drogas, com a descriminalização do porte de drogas para uso pessoal.
O texto com as propostas de alteração do Código Penal foi elaborado por uma comissão de juristas instituída pela presidência do Senado. O DataSenado, serviço da Secretaria de Pesquisa e Opinião Pública (Sepop) do Senado, realizou uma enquete em que foi questionado junto ao público a opinião sobre a descriminalização da produção e do porte de drogas para consumo próprio.
A pesquisa obteve a participação de 370 mil pessoas que se mostraram em sua maioria favoráveis as alterações propostas. Do total, 84,92% de votos foram “sim”, contra 15,08% de votos “não”.
O senador Magno Malta (PR-ES), da frente Parlamentar Evangélica, se manifestou contrario à proteção pela do usuário de drogas, segundo a agencia Senado. Para ele, se não houver usuário, não haverá traficante por falta de mercado. Malta ainda acrescentou que o Estado deve apoiar as instituições que trabalham com prevenção e tratamento de drogados, tarefa que hoje não realiza, além de dificultar a atuação dos voluntários.
Já o senador e relator da comissão Pedro Taques (PDT-MT), afirmou a importância de se ouvir toda a sociedade pois o novo Código Penal “não pode ser apenas de senadores ou juristas, mas de toda a sociedade brasileira”.
Lembrou que o projeto está em análise, e pode incluir defeitos, que devem ser debatidos e, se possível, consertados e aprimorados. “Na democracia, as críticas são bem-vindas”, afirmou Taques.
Recentemente o jurista Miguel Reale Júnior afirmou ao site Consultor Jurídico que “o projeto é uma obscenidade, é gravíssimo”, sobre o novo texto do Código Penal. Para ele, os juristas chefiados pelo ministro Gilson Dipp, do Superior Tribunal de Justiça, não estudaram o suficiente. “Não têm nenhum conhecimento técnico-científico”, disparou.
Taques rebateu a crítica de Reale Júnior e afirmou que o jurista manifestou “empáfia e falta de respeito” com os colegas que elaboraram o anteprojeto.
Ele acrescentou que o professor Reale redigiu a parte geral do Código Penal nos anos de 1980 a 1984, na época da ditadura, a “portas fechadas”.
“Estamos debatendo a portas abertas. Possui erros, sim, e cabe aos deputados e senadores, que têm a legitimidade do voto, debaterem e ouvirem a sociedade. Não vamos deixar de debater”, rebateu o senador por Mato Grosso.

Aborto

Outro item polêmico da reforma do Código Penal, é a ampliação da possibilidade de aborto. A interrupção da gravidez seria autorizada em caso de emprego não consentido de técnica de reprodução assistida e também quando há anencefalia ou feto com graves e incuráveis anomalias.
O procurador Luiz Carlos dos Santos Gonçalves, que coordenou a comissão dos juristas encarregada da formulação da proposta esteve no programa Entre Aspas, da GloboNews, e declarou que  “nós reconhecemos orgulhosamente” (a legalização do aborto).
O deputado federal Marco Feliciano comentou em sua conta do Twitter sobre a declaração. “Lutaremos com todas as Forças para que esta e outras misérias inseridas no Novo Código Penal sejam sepultadas. Se passar no Senado, barramos na Câmara.”
E concluiu: “precisamos mobilizar todos os conservadores desta nação para bloquearmos este atropelamento moral! Reage Brasil!”.
Mais de seis mil manifestações sobre o novo código foram recebidas por meio da internet e telefone. A maior parte delas pedia o endurecimento da legislação.
A proposta reduz os 1.757 tipos penais (crimes e contravenções penais, punidas com penas menores) atuais para cerca de 500.
A proposta está sendo analisada por uma comissão especial no Senado. O texto ainda precisa ser aprovado pelo Plenário das duas casas para poder entrar em vigor.

Organização promove campanha contra turismo sexual e ativistas gays protestam; Jean Wyllys classificou iniciativa como “criminosa”

Organização promove campanha contra turismo sexual e ativistas gays protestam; Jean Wyllys classificou iniciativa como “criminosa”
O turismo sexual, pedofilia e homossexualismo foram tema de uma campanha do Fórum Pernambucano Permanente Pró-Vida (FPPPV), que divulgou cartazes e imagens em sua página no Facebook sob o slogan “Pernambuco Não Te Quer”.
O mote da campanha é baseado no slogan usado pela Recife Convention & Visitors Bureau, responsável pela promoção do turismo no estado nordestino: “Recife te quer”.
Na campanha do FPPPV, o homossexualismo é colocado ao lado de práticas que são consideradas crimes sexuais pela legislação brasileira, como prostituição e pedofilia, e isso causou polêmica entre ativistas gays.
Sites de notícias voltados ao público homossexual classificaram a campanha como homofóbica, e o deputado federal e ativista gay Jean Wyllys publicou em seu site uma nota de repúdio à iniciativa: “Não posso deixar de manifestar minha indignação com o anúncio publicitário veiculado na Folha de Pernambuco nesta terça-feira, 4, que vem gerando polêmica e repúdio de vários segmentos da sociedade e também da comunidade de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transsexuais (LGBT) ao equiparar o ‘homossexualismo’ (sic) à pedofilia e à prostituição com o suposto ‘objetivo de combater o turismo sexual’ em Recife”, escreveu.
Em sua crítica à FPPPV, o deputado federal mencionou a Constituição Federal e acusou a entidade de cumplicidade com crimes de homofobia: “A organização religiosa responsável pelo anúncio, Pró-Vida Pernambuco, ao disseminar a mensagem criminosa e homofóbica, se torna cúmplice dos crimes de ódio motivados por homofobia que matam um/a LGBT a cada dois dias no Brasil, além de contrariar os princípios fundamentais da Constituição Federal de 1988, dentre os quais está promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação”.
Numa ação rápida para minimizar os possíveis estragos ao turismo em Pernambuco, a agência Recife Convention & Visitors Bureau divulgou um cartaz e uma nota, em que desvincula o anúncio da FPPPV das ações do governo: “O público LGBT é super bem-vindo e respeitado na capital pernambucana. O anúncio veiculado em um jornal de grande circulação no Estado não reflete a realidade vivenciada pelos turistas que nos visitam. Somos reconhecidamente um destino friendly. Recife não compartilha com qualquer ato de homofobia [...] E deixamos um recado para todas as cores, religiões, opções e diversidades: o Recife te quer sempre!”, explicou a nota.
O FPPPV também se manifestou através de um comunicado em que afirmou que a organização “abriga diversas entidades que defendem a vida e a família cristã. Tem como objetivo debater, difundir e informar ao publico em geral conceitos cristãos relativos aos temas propostos, inclusive através do exercício do contraditório. Os temas abordados nas campanhas neste ano são: pedofilia, aborto, drogas e turismo sexual. As campanhas ‘Diga Não ao Aborto’ e ‘Pernambuco Não Te Quer’ estão na linha do exercício do contraditório”, defendeu-se.
A defesa da entidade ainda argumentou que as práticas repudiadas por ela, fazem parte dos motivos que levam muitos turistas a procurarem a cidade: “Os tópicos Prostituição, Pedofilia, Exploração Sexual de Menores e Homossexualismo,chamam a atenção para os motivos que atraem possíveis visitantes a escolher seu destino. Neste sentido, reafirmamos o caráter conceitual da abordagem que esta em linha com os preceitos constitucionais de liberdade de expressão, opinião, pensamento, culto e religião, ao tempo em que, repudiamos as agressões, ameaças e intimidações que o FPP-PV tem recebido pelo simples fato de exercer o direito ao contraditório”, concluiu.

Candidato a prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Freixo classifica Marcha para Jesus como homofóbica; Pastor Silas Malafaia rebate: “Cristofóbico

Candidato a prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Freixo classifica Marcha para Jesus como homofóbica; Pastor Silas Malafaia rebate: “Cristofóbico”
As eleições municipais no Rio de Janeiro ganharam mais um capítulo do embate entre ativistas gays e o pastor Silas Malafaia.
Num vídeo que circula no Youtube, o candidato do PSOL, Marcelo Freixo, acusa evangélicos de homofobia e afirma que a Marcha para Jesus foi promovida com o objetivo de defender o direito à homofobia: “Isso não é interpretação nossa, foi anunciado”, argumenta o candidato.
O jornalista Lauro Jardim, responsável pela coluna Radar Online, da revista Veja, informou que ontem, 04/09, o deputado estadual Samuel Malafaia reprovou a atitude do candidato e disse que a fala de Marcelo Freixo era desrespeitosa com os evangélicos.
Já o pastor Silas Malafaia, presidente do Conselho de Pastores do Rio de Janeiro e responsável pela organização da Marcha para Jesus este ano, rebateu de forma contundente ao candidato à prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Freixo: “Se sou homofóbico, ele é cristofóbico”.
Confira no vídeo abaixo o trecho do discurso de Marcelo Freixo sobre os evangélicos e a Marcha para Jesus: