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quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Jornalista cristão analisa igrejas Universal e Deus é Amor e as compara a “movimentos destrutivos”. Leia na íntegra

Jornalista cristão analisa igrejas Universal e Deus é Amor e as compara a “movimentos destrutivos”. Leia na íntegra
As igrejas Universal e Deus é Amor, lideradas pelo bispo Edir Macedo e missionário David Miranda, respectivamente, foram tema de uma matéria analítica do jornalista e pesquisador cristão Johnny Bernardo, publicada em seu blog.
Em sua matéria, Bernardo compara as descrições de “movimentos destrutivos”, feitas pelo pesquisador Michael Green com características das duas denominações e afirma que “à medida que líderes evangélicos impõem restrições abusivas aos membros [...] podem desencadear num movimento destrutivo, com desdobramentos irremediáveis”.
O jornalista explica que no conceito do pesquisador, os tais “movimentos destrutivos” são organizações em que a autoridade do fundador é inquestionável: “As seitas do mal, segundo o pesquisador Michael Green, geralmente são fundadas por uma única pessoa que retém todo o poder na organização. Entre as principais características do líder de uma seita, segundo Green, destacam-se o carisma, o magnetismo pessoal e o entusiasmo pela causa que defende ou ‘produto’ que vende”, explica.
Para Bernardo, indícios de que a Igreja Pentecostal Deus é Amor (IPDA) se enquadraria na descrição de “movimento destrutivo” podem ser encontrados na doutrina da denominação.
-A centralização do poder nas mãos da família Miranda e o rígido controle dos membros e patrimônios da IPDA seria, pelo menos internamente, indícios de manipulação? A imposição de normas de conduta e relacionamento (a IPDA proíbe que os seguidores mantenham contato com ex-membros), às mortificações carnais (devem praticar horas seguidas de jejum e oração), e a exigência de que o dízimo seja entregue com pontualidade às filiais (sob pena de não participação na ceia) também seriam indícios de programação? Nos movimentos destrutivos, segundo Michael Green, a programação é a forma pela a qual os líderes preparam seus adeptos para que estes se dediquem fielmente aos programas e doutrinas da instituição religiosa. Na programação, a personalidade e a mentalidade dos adeptos devem ser destruídas como forma de submissão. A vida dos adeptos – e suas economias – deve ser dedicada à nova fé – descreve Johnny Bernardo.
Em relação à Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), o jornalista relata exemplos que se encaixariam no perfil de manipulação de fiéis.
-As pessoas que recorrem aos templos da IURD são submetidas a intensas técnicas de manipulação psicológica. Segundo uma ex-fiel da Igreja Universal (citada na matéria “Ciência dos transes”, Época, 28/4/2003), os bispos e seus auxiliares são instruídos de que maneira devem conduzir os exorcismos. “Quando a pessoa está tonta, fica mais aberta para manifestar os demônios”, diz a obreira Aparecida Santos, ex-fiel da Igreja Universal, atualmente na Igreja Internacional da Graça de Deus. Ela costuma pôr a mão na cabeça dos fieis e fazê-la rodar. Outro recurso que funciona é tocar músicas altas no teclado, com acordes bem tenebrosos. “Porque o demônio não gosta de silêncio”, explica a obreira. Aparecida aprendeu as técnicas do exorcismo na Universal, onde passou cinco anos como auxiliar de pastor – diz Johnny Bernardo, ilustrando o caso de manipulação.

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